segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A cortina da Burrice - Revista Veja - Por Cláudio de Moura Castro

(Imagem de Salvador Dali - Nascimento do novo homem)
Para quem não teve a oportunidade de ver na integra o Texto de Cláudio de Moura Castro, leiam abaixo o texto retirado da revista VEJA do dia 13/11/2010.
O que o escritor expõe é um sentimento de irradiado nos dias de hoje em todos os que não se conformam com alguns absurdos humanos.
Boa leitura!!!


A Revolução Russa propôs-se a criar o "paraíso socialista", cujo cardápio foi parido por intelectuais europeus. Na teoria, todos tinham direito a habitação, emprego, comida, escola e ópera. Mas a dieta era parca e o povão queria consumir mais. Daí a necessidade do que Churchill chamou de Cortina de Ferro, para não deixar que os russos bisbilhotassem o que consumia o mundo capitalista decadente. Para os xeretas, punições ferozes. Mas os seus líderes cometeram um erro, criaram também um estupendo sistema educativo para todos. Foi uma besteira, pois não houve maneiras de impedir um povo educado de ver o que acontecia do lado de fora. O resultado foi a estrepitosa queda do Muro de Berlim.
Os governantes brasileiros fizeram muito melhor. Abriram tudo, viaja-se à vontade. Mas não cometeram o erro dos russos. A garantia de isolamento do país está em uma educação de péssima qualidade e a conta-gotas. Assim nasceu uma Cortina de Burrice, muito mais eficaz, pois somos um país isolado do resto do mundo. Os que se aventuram ao exterior vão à Disneylândia, um mero parque de diversões, ou a Miami, uma sucursal do Brasil.
A garantia de nosso isolamento do resto do mundo está na educação de péssima qualidade. Há pouco, em uma universidade de elite, pedi que levantassem as mãos os que confortavelmente liam inglês. Não vi nem um quinto das mãos do auditório. Eis a Cortina de Burrice em ação! Na Europa, a mesma pergunta levantaria todas as mãos. Os europeus passaram do bilingüismo para o trilinguismo, Na Islândia, são quatro idiomas. E o nosso controlador de vôo que não sabia inglês!
Nossas universidades estão fora das listas das melhores, resultado da Cortina de Bilinguitice, pois perdem pontos nos quesitos de internacionalização. Nas europeias, muitos cursos são oferecidos em inglês. Conheci um sueco que fez seu doutorado em Estocolmo, há quatro décadas. Quando entregou o primeiro trabalho, no seu idioma, foi interpelado pelo professor: "O senhor não terá futuro acadêmico, se continuar a escrever nesta língua!". Visitei a fábrica Seiko (japonesa) na China. A língua oficial era o inglês. O mesmo em Toulouse, na fábrica do Airbus.
O resultado do nosso isolamento é uma indústria provinciana que não toma conhecimento dos avanços alhures. Há esforços heróicos, como uma construtora brasileira que comprou uma empresa no Canadá, para mandar estagiar seus engenheiros. Assim veriam como se constrói lá. Mas é a exceção.
Ao lermos as descrições feitas por viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil, constatamos o primitivismo da nossa sociedade. Se a corte permanecia tosca, o interiorzão estava ainda mais distante do progresso social acumulado pela Europa, em 2000 anos. Progredimos muito desde então. Mas as cicatrizes do atraso estão por todos os lados. Limitemo-nos a olhar os valores que a civilização ocidental amadureceu, em meio a guerras, perseguições e sangue. O que pode aprender um jovem que vai ao Primeiro Mundo, a fim de conviver com o povo, não com o guia nem com o motorista do ônibus do pacote turístico? Vejamos:
O valor do futuro, de pensar no amanhã, ao invés do hoje (a essência da sustentabilidade do meio ambiente).
O sentido de economia, de não esbanjar, de não se exibir, à custa do magro orçamento.
O hábito automático de cumprir o prometido (um amigo tenista, no Rio, não encontrou os parceiros combinados para o dia seguinte. Em Washington, estavam lá para o compromisso combinado três semanas antes).
Trabalho manual não é humilhante. Usar as mãos educa.
Cumprir a lei, branda ou dura. Uma vez aprovada, é para valer.
Respeito pelo próximo, no trânsito, no silêncio e em tudo o mais.
Segurança pessoal (deixar o carro em um ermo e encontrá-lo ileso, no dia seguinte) .
Quem vigia tudo é a sociedade, mais do que a polícia.
Profissionalismo. Há uma maneira melhor de fazer as coisas. O profissional a conhece e a aplica.
Desdenhamos tal herança e macaqueamos hábitos cretinos e modas tolas. Agora temos "delivery" de pizza e "sales" com preços imperdíveis.
Importamos o crack, as tatuagens, o Big Brother e, de repente, saímos todos com uma garrafa de água mineral na mão, para socorrer uma súbita e fatal crise de sede, no quarteirão seguinte. Pelo menos as senhoras elegantes do Rio já não usam mais casacos de pele nas recepções.

VEJA - 13/11/2010

Até a proxima,

Abraços

Ana Stuchi

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Projetos?? Porque muitos falham?





Vamos começar nosso texto hoje pela definição da palavra - projeto:

"s.m. O que se tem a intenção de fazer; desígnio; intento; plano de realizar qualquer coisa. / Primeira forma de uma medida qualquer: ainda é um projeto."

Vamos em frente, qual é a dificuldade então na aplicação de novos métodos ou até de revigoração de modelos bem sucedidos?
A questão parece simples de ser respondida, mas, na prática ela se encontra com um número enorme de "anticorpos" resistentes as mudanças.
Nos anos de atuação como Consultora, tenho me permitido estudar o comportamento das pessoas nos projetos em diversas modalidades, o resultado é que na maioria das vezes os Gestores não "apadrinham" o ou os projetos necessários à serem implantados.
Nessa linha percebe-se que a pirâmide hierárquica estratégica está de ponta cabeça. O processo é adotado pelo operacional mas não pelo estratégico e mesmo com provas reais de melhoria nas possibilidades aos poucos as implementações vão deixando de ser aplicadas.
Na primeira vez que isso ocorre a empresa responde que, algo deu errado, que aquilo não iria dar certo por isso ou aquilo, já na segunda tentativa de mudança ou implantação de um projeto novo, os colaboradores já criaram em suas reações uma negação, conclusão: Mais difícil que implantar é retroagir!!
Existe então uma fórmula mágica? Não!! Existe uma necessidade e assim uma vontade de mudar ou melhorar. E porque é tão difícil, porque MUDANÇA como o próprio nome diz, exige vontade, disciplina para reorganizar e mais que tudo paciência para que os novos hábitos sejam incorporados por todos.
Hoje na Gestão Contemporânea existem milhares de ferramentas que facilitam essa integração nos departamentos para comunicação, aprendizado e mudança.
No Blog Business Connection já falamos sobre o exercício do ENDOMARKETING, ferramenta poderosa na integração e comunicação dentro da organização.
Pense hoje, antes de iniciar qualquer mudança ou implantação nas palavras:

Necessidade: A empresa realmente precisa?
Participação: Todos irão ser beneficiados?
Resultado: O resultado pode ser alcançado?

Somente após ter a maioria do sim para as palavras acima, deve-se implantar o novo projeto ou a revigoração de qualquer processo interno.
E por fim, não devemos esquecer que nosso objetivo é e será sempre "O CLIENTE", sendo assim, os benefícios devem atingir ao final uma melhoria para que nosso mercado sinta!!!!

"Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem." (Peter Drucker)

Grande Abraço e até a próxima

Ana Stuchi



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cinco passos para abrir um negócio e faze - lo funcionar!

No texto de Richard Branson, pela revista Exame, se dá dicas de como abrir um negócio e cinco dicas importantes para fazê-lo seguir em frente.

Espero que ajude aos que me solicitaram, tenham um ótima leitura!!


Sempre me perguntam se tenho um segredo ou, pelo menos, se tenho uma resposta confiável em vista de tantos negócios bem-sucedidos que já montei na minha carreira. Decidi então passar um tempo pensando quais seriam as características dos inúmeros empreendimentos de sucesso da Virgin e, principalmente, que coisas deram errado porque simplesmente não fomos capazes de interpretá-las do jeito certo. Depois de refletir sobre tudo o que se passou nesses 40 anos, cheguei a cinco "segredos".

1) Faça o que lhe dê prazer

Abrir uma empresa exige muito trabalho, requer muito do seu tempo, por isso é importante gostar do que se faz. Quando comecei a Virgin no apartamento que tinha no subsolo de um prédio na zona oeste de Londres, não pensava em construir um império. Minha ideia era criar algo que me desse prazer e pagasse minhas contas. Não havia nenhum grande plano ou estratégia. O nome da empresa, por exemplo, me veio enquanto eu pensava em outras coisas. Uma noite em que bebia e conversava com uns amigos, decidimos chamar nosso grupo de Virgin, porque éramos todos novos no negócio. O nome pegou e tinha um certo apelo. Para mim, montar uma empresa significa fazer algo de que eu possa me orgulhar, é reunir gente de talento e criar uma coisa que vai fazer diferença na vida das outras pessoas. Um homem ou uma mulher de negócios não é muito diferente de um artista. No início, a empresa não passa de uma tela em branco. Você tem de preenchê-la. Assim como o artista quer que tudo fique no seu devido lugar na tela, nos negócios todos os pequenos detalhes têm seu lugar certo para que o empreendimento seja bem-sucedido. Contudo, diferentemente de uma obra de arte, uma empresa é sempre uma obra inacabada. Ela evolui constantemente. A pessoa que abre uma empresa disposta realmente a fazer diferença na vida dos outros, e consegue, paga suas contas e tem nas mãos um negócio de sucesso que deverá tocar dali para a frente.

2) Crie uma coisa que se diferencie

Não importa se o que você tem é um produto, um serviço ou uma marca. Não é fácil, atualmente, abrir uma empresa, sobreviver e prosperar. Na verdade, é preciso fazer alguma coisa sem dúvida muito diferente para deixar uma marca no mundo de hoje. É só prestar atenção e ver quais foram as empresas de maior sucesso nos últimos 20 anos. A Microsoft, Google ou a Apple, por exemplo, abalaram todo um segmento com coisas que jamais haviam sido feitas, e elas continuam inovando. Hoje estão entre as grandes forças dominantes.

3) Crie algo que encha de orgulho todos os que trabalham para você

Empresas, de modo geral, são formadas por grupos de pessoas. Elas são o que você tem de mais importante.


4) Seja um bom líder

Como líder, você precisa ser um bom ouvinte. É claro que deve saber o que quer, mas não faz sentido impor seu ponto de vista sobre os outros sem antes discuti-los um pouco. Ninguém tem o monopólio das melhores ideias ou dos conselhos mais geniais.
Saia da toca, ouça o que as pessoas têm a dizer, reúna seu pessoal, aprenda com eles. Como líder, você precisa também aprender, e muito bem, a elogiar as pessoas. Nunca critique ninguém abertamente; jamais perca a paciência, e sempre elogie prodigamente um colega que tenha feito um belo trabalho.
As pessoas desabrocham quando são elogiadas. Em geral, ninguém precisa dizer a elas quando cometem algum erro, porque elas quase sempre sabem que erraram. Se alguém não estiver trabalhando bem, não o demita sem mais nem menos. Acredite, uma empresa pode funcionar como uma família. Portanto, veja se há outra função dentro da companhia mais de acordo com o perfil daquela pessoa. Na maior parte das vezes, há sempre uma função adequada para cada tipo de personalidade.

5) Mantenha a visibilidade

Um bom líder não fica enfiado atrás da mesa. Eu nunca fui de trabalhar em escritório. Sempre trabalhei em casa, mas saio por aí e faço contato com as pessoas. Parece que estou viajando o tempo todo, mas tenho sempre um caderno no bolso de trás da calça para anotar perguntas, preocupações ou boas idéias.
Quando estou a bordo de um avião da Virgin Atlantic, faço questão de conhecer toda a equipe e o maior número possível de passageiros. Basta você conversar com a tripulação de qualquer aeronave da Virgin Atlantic para ouvir no mínimo dez sugestões ou ideias. Se eu não anotá-las, talvez me lembre de uma apenas no dia seguinte. Ao anotá-las, lembro-me de todas as dez. Levante-se, cumprimente todos os passageiros do avião, porque fatalmente vai aparecer alguém que teve um problema ou que tem uma sugestão. Anote-a, não se esqueça de anotar o nome da pessoa, peça o e-mail dela e dê-lhe uma satisfação já no dia seguinte.
É claro que procuro sempre contratar diretores gerentes que tenham essa mesma filosofia. Desse modo, podemos administrar um grande grupo de empresas do mesmo jeito que o dono de um pequeno negócio administra uma empresa familiar, isto é, com responsabilidade e amizade.
Quando a gente começa um negócio do zero, a palavra chave durante muitos anos é "sobrevivência". É difícil sobreviver. No começo, você não tem tempo e nem energia para se preocupar em salvar o mundo. Você simplesmente luta para garantir que não vai desapontar o gerente do seu banco e para pagar as contas. Em outras palavras, você tem de se concentrar exclusivamente na sua sobrevivência.
É lógico que, se você não sobreviver, lembre-se de que a maior parte das empresas acaba fechando as portas, e as melhores lições a gente aprende com o fracasso. Não se deixe abalar demais. Levante-se e tente de novo

Tenham uma ótima semana e até a próxima!

Ana Stuchi

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Reflexão sobre o Projeto do Novo Código Florestal


Esta semana no Business Connection, temos a participação do advogado Ambientalista e Tributarista Marcio Alexandre Donadon, que traz a pauta sobre o Projeto do Novo Código Florestal.
Tenham uma ótima leitura e uma excelente semana,

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A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o novo Código Florestal que, agora, passará para análise do plenário da Câmara.
A aprovação do projeto gerou um embate entre classe. De um lado os ruralistas e de outro os ambientalistas. Entretanto, penso que ambas as posições são afoitas, precipitadas e distantes dos anseios sociais e ambientais.
Enquanto a bancada ruralista tenta de todas as formas solucionar seus problemas, dentre eles, aqueles que restringem o uso da propriedade, por exemplo, a reserva legal a qualquer custo, os ambientalistas, deixando de lado a história de nosso país, a inércia de nossos antepassados, e porque não dizer, a nossa, além de um radicalismo desenfreado, busca de todas as maneiras impedir qualquer avanço que coloque uma pá de cal nas diversas questões que envolvem o meio ambiente.
Neste primeiro momento não quero polemizar nenhuma das questões que envolvem o projeto do Código Florestal, seja quanto a regularização das áreas de ocupadas, seja na questão da reserva legal ou, ainda, na moratória das multas, dentre outros. O que quero, neste momento, é fazer uma reflexão histórica.
Cecília Meireles, no poema “Ou isto Ou Aquilo” retrata, muito bem, a constante dicotomia que recai sobre a sociedade. Segundo o poema: “Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão. Quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheiro e não compro doce, ou compro doce e não guardo dinheiro. Ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui estender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo”.
Assim como no poema nossa legislação ambiental ao longo da história ora permitiu ocupar as margens dos rios, ora não. Ora a metragem a ser respeitada foi de 100 metros, como atual, ora fora de 5 metros, como é a redação original do Código Florestal. Não sabe se permite o plantio de culturas às margens do Rio. Não sabe se proíbe. Não sabe o legislador se altera o código, diante das situações econômicas. Não sabe se mantêm intocável. Não sabe se permiti a exploração da propriedade, incentivando a agricultura, ou se preserva 20% dela.
Só para ter uma idéia quando da chegada dos portugueses ao Brasil, o país possuía 5,2 milhões de quilômetros quadrados de floresta nativa. Passou-se, então, a explorar as reservas vegetais existentes na época, no caso, o pau-brasil. O Estado, representado pela Coroa, iniciava os primeiros passos da exploração do patrimônio florestal brasileiro. Cabe ressaltar, sob a proteção da Lei.
Por sua vez, Portugal passou a explorar não só o pau-brasil, mas também, outras espécies florestais. A madeira nacional era destinada a países como Bélgica, Inglaterra, Alemanha e Itália. No entanto, o monopólio não ficou restrito a Coroa portuguesa, visto que, com a ajuda dos índios, países como Espanha, Alemanha, Inglaterra e Holanda retiraram, de forma indiscriminada, milhares de espécies florestais do país.
Em todo esse período a exploração ocorreu sobre a proteção da lei, cuja finalidade foi sempre à econômica, visto que a época argumentava-se que o desmatamento era necessário para o progresso do País. A Princesa Izabel, na época do café, 1872, permitiu o funcionamento da primeira companhia privada especializada no corte de madeira. Essa exploração dispensava qualquer licença prévia para o corte em propriedade particular. Por conseguinte, o corte era permitido cem por cento na área privada.
Vê-se, portanto, que a passagem histórica de nosso país, no tocante a exploração ambiental, não foi das mais sustentáveis, ao contrário, o Estado permitiu a sua exploração de forma desordenada, aliás, incentivou.
O Brasil, portanto, tem história na questão ambiental e, para compatibilizarmos os anseios futuros com as situações passadas, penso que é necessário, sim, fazer uma reflexão histórica para que a sociedade atual não seja penalizada por atos passados como, por exemplo, recompor área que não desmatou, mas, também, não prejudique o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado das futuras gerações.
As bancadas ruralistas e ambientalistas não podem se deixar levar por anseios individuais, visando, sempre, as eleições, mas, sim, buscar, efetivamente, solucionar as questões que foram consolidadas sobre a proteção do Estado, compatibilizando e controlando-as, sempre almejando atender os anseios das futuras gerações.

Marcio Alexandre Donadon,
Advogado - Coordenador de Consultoria Jurídica Empresarial, Gestão Ambiental e Planejamento Tributário. KND – Consultoria e Treinamento.
madonadon@netsite.com.br

Abraços e até a próxima

Ana Stuchi

segunda-feira, 26 de julho de 2010

10 Dicas para lidar com o Mercado nesse segunda - feira (26/07/2010)




A revista exame trouxe nesta segunda - feira 10 dicas para lidar com o mercado hoje.
Bancos Centrais mundiais negociam novas regras para os mercados em reunião na Basiléia; resultados otimistas dos testes de stress ditam humor do mercado europeu. Leiam as dicas abaixo:

1 - Bancos Centrais mundiais negociam novas regras para os mercados. Presidentes de bancos centrais de 30 países delimitam nesta segunda-feira (26), no Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, na Suíça, as normas da nova regulamentação do sistema financeiro, a Basileia 3, a ser avaliada pelo G-20 em Seul, em novembro.

2 - Resultados otimistas dos testes de stress ditam humor do mercado europeu. Dos 91 bancos avaliados, apenas 7 precisam de tomar medidas para elevar o capital. Segundo os resultados, em um cenário de estresse com deterioração econômica e fiscal, as instituições da Zona do Euro perderiam 566 bilhões de euros (729 bilhões de dólares)

3 - Positivo Informática aumenta vendas em 8,3% no segundo trimestre. A fabricante de computadores Positivo Informática registrou vendas de 479,24 mil desktops e notebooks no segundo trimestre, renovando seu recorde de negócios para o período de abril a junho. O volume representa um crescimento de 8,3% sobre o mesmo período de 2009. Veja aqui os resultados.

4 - A Camargo Correia Desenvolvimento Imobiliário celebra parceria com a Múltipla Engenharia. O acordo visa o desenvolvimento de um empreendimento imobiliários na capital paulista. Em nota, a empresa informou que o VGV (Valor Geral de Vendas) total do projeto é de aproximadamente R$ 87 milhões, enquanto a proporção da participação é de 60% para a CCDI (CCIM3) e 40% para a Multipla.

5 - Inepar aprova aumento de capital ao preço de R$ 4,69 por ação. O conselho de administração da Inepar (INEP4) aprovou na última sexta-feira (23) um aumento de capital social de R$ 140 milhões, para subscrição particular, mediante a emissão de 29.850.746 novas ações. Do total de papéis, 6.044.776 são ordinários e 23.805.970 preferenciais.

6 - Banco da China prepara IPO bilionário. O China Everbright Bank teve seu plano de abertura de capital aprovado pelos órgãos reguladores chineses nesta segunda-feira (26). O banco, o décimo primeiro maior do país, pretende levantar 2,9 bilhões de dólares oferecendo 6,1 bilhões de ativos.

7 - Montadoras crescerão acima do PIB até 2012. O desempenho da indústria automobilística continuará superando o da economia brasileira nos próximos anos. A consultoria Lafis prevê que produção e vendas terão índices maiores do que o Produto Interno Bruto (PIB) no triênio 2010-2012.

8 - Mercado reduz previsão de inflação em 2010 a 5,35% O mercado reduziu sua estimativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano a 5,35%, ante projeção anterior de 5,42%, diz o relatório de mercado do Banco Central, também conhecido como Focus e divulgado nesta segunda-feira (26).

9 - Ata do Copom traz tom da decisão dos juros e é destaque da semana. A ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada na próxima quinta-feira (29), é aguardada com grande expectativa diante da decisão pelo aumento da Selic em 0,50 ponto percentual, contrariando a expectativa de parte do mercado por um reajuste de 0,75 p.p.

10 - Bolsas da Ásia recebem bem testes de stress e fecham em alta. As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta segunda-feira, depois de terem encerrado a última semana em terreno positivo, devido aos resultados dos testes de estresse realizados com 91 bancos da União Europeia.
Um grande Abraço e até a próxima,
Ana Stuchi

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Como investir na Bolsa de Valores! Perguntas & Repostas

Boa tarde!
Tenho recebido alguns e-mails perguntando sobre investimento na bolsa de valores. É importante lembrar que tudo tem o tempo de aprendizado e discernimento.
Uma dica bacana é se cadastrar no Folhainvest (http://www.folhainvest.folha.com.br/), que não tem custo algum e oferece uma noção básica de como iniciar no mundo das negociações e verificar ferramentas, nomenclaturas e demais ensinamentos necessários para não errar na hora da verdade. Outro ponto bacana desse site é poder participar de premiações através de seu desempenho como investidor.
Abaixo está elencado algumas perguntas e respostas para iniciar esse processo de investidor.

1. Investir em ações é um bom negócio?
Os principais indicadores financeiros do Brasil mostram que o país tem tudo para atravessar um ciclo de crescimento sustentável, com estabilidade para a economia e oportunidades para as empresas. E uma vez que as empresas lucram mais, seus sócios - ou seja, todos os acionistas - também ganham mais. É importante ressaltar, porém, que investir neste mercado exige cautela: é preciso analisar os riscos e contar com a possibilidade de retorno do investimento no longo prazo.

2. Como faço para investir na Bolsa?
Há dois caminhos para o investidor comprar e vender ações: via corretora de valores ou bancos. As corretoras são membros das Bolsas de Valores credenciados pelo Banco Central e habilitados a negociar valores mobiliários com exclusividade no sistema eletrônico da Bovespa. Para comercializar ações, portanto, o investidor precisa ser cliente de uma dessas empresas. Elas oferecem análises de mercado que indicam o melhor momento para comprar e vender papéis para obter melhores resultados. Já os bancos administram fundos de ações, cestas que variam conforme os resultados das empresas cotadas na Bolsa. Neste caso, é o banco quem decide quando e como investir.

3. Afinal, o que são ações?
Ações são pequenos "pedaços" de uma empresa. Por isso, quem detém ações de uma companhia é dono de uma parte dela - ou melhor, é um dos seus sócios. As ações também são chamadas de "papéis", pois, segundo a definição formal, ações são "títulos nominativos" que representam frações do capital social de uma empresa.

4. Como ocorrem as operações de compra e venda?
É simples. Imagine a seguinte situação: o investidor A quer comprar ações de uma determinada empresa; já o investidor B quer vender papéis da mesma companhia. Ambos enviam ordens de compra e de venda, respectivamente, para suas corretoras. Estas, então, transmitem os pedidos para o Mega Bolsa - o sistema eletrônico de negociação da Bovespa, que compara todas as ofertas em tempo real. Caso o valor oferecido pelo investidor A seja igual ao valor pedido pelo investidor B, o negócio é fechado instantaneamente. Se os valores não forem compatíveis, o sistema compara outras ofertas até encontrar um negócio que satisfaça as duas partes. Com milhares de investidores comprando e vendendo ações todos os dias, as operações são fechadas rapidamente.

5. Existe um valor mínimo para começar?
Não. O valor a ser aplicado varia em função do preço das ações que o investidor deseja adquirir e também das taxas cobradas pela sua corretora. Em geral, porém, a compra é feita por lotes de ações, de 100, 200 ações, e assim por diante. Um exemplo: se o investidor quiser comprar um lote de 100 ações ao custo de 50 reais por ação, pagará 5 000 reais. O investidor pode recorrer ainda ao mercado fracionário, comprando ações fora do lote: nesse caso, em tese, ele poderia adquirir até mesmo 1 ação. Porém, devido a custos de corretagem, a operação seria inviável.

6. Após a compra, é preciso ficar com as ações por tempo determinado?
Não. Não há prazo mínimo nem máximo para que os papéis fiquem nas mãos de um investidor. Exemplo disso é a operação conhecida como "day trade", em que o investidor vende a ação no mesmo dia em que a comprou. De outro lado, há pessoas que mantêm os mesmos papéis durante anos e até décadas.

7. É possível negociar ações via internet?
Sim. Para isso, é preciso que o investidor seja cliente de uma corretora membro da Bovespa que disponha do sistema home broker. É por meio dele que são feitas as negociações de compra e venda de ações via internet.

8. O que é home broker?
É a ferramenta que permite a negociação de ações via internet. Ela está interligada ao sistema de negociação da Bovespa e permite que o investidor envie ordens de compra e venda de ações através do site de sua corretora. Segundo dados da própria Bovespa, dezenas de milhares de pessoas compram ou vendem ações por esse sistema todos os meses. Essas páginas oferecem ambientes amigáveis, com informações sobre andamento do pregão, gráficos e análises do mercado. Tudo para minimizar riscos e ampliar ganhos do investidor. Confira aqui, a relação de home brokers autorizados pela Bovespa.

9. Que cuidados devem tomar os investidores iniciantes?
Em primeiro ligar, é preciso ter em mente que o mercado de ações envolve riscos. Ainda que os resultados recentes da Bolsa indiquem lucros altos, os ganhos podem variar devido a conjunturas econômicas, setoriais ou relativas às empresas propriamente. Outro ponto importante: é preciso se manter atualizado. Para isso, é necessário ler publicações com indicadores econômicos e tendências de mercado. É possível também participar de sites que simulam investimentos, como o http://emacao.folha.uol.com.br/. Outra dica para quem está começando é participar de clubes de investimento, associações de investidores com interesses afinados. Nesses grupos, é possível reunir recursos para os investimentos, fazendo com que cada participante desembolse quantias baixas - o que minimiza perdas expressivas.

10. O que é preciso levar em conta no momento do investimento?
Deve-se levar em conta três pontos: liquidez da ação escolhida, ou seja, a facilidade de vender os papéis no momento do resgate do investimento; retorno, que são as possibilidades de ganho; risco, as possíveis perdas. A combinação desses três elementos determina a ação a ser comprada ou vendida.

Espero que o Business Connection possa ter contribuido para amenizar as dúvidas iniciais!

Um grande abraço e até a próxima,

Ana Stuchi


Buzz Marketing, Marketing Viral

Veja o vídeo do Professor Marins, falando sobre Marketing Viral!
Abraços e Até a próxima!!

Ana Stuchi