segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cinco passos para abrir um negócio e faze - lo funcionar!

No texto de Richard Branson, pela revista Exame, se dá dicas de como abrir um negócio e cinco dicas importantes para fazê-lo seguir em frente.

Espero que ajude aos que me solicitaram, tenham um ótima leitura!!


Sempre me perguntam se tenho um segredo ou, pelo menos, se tenho uma resposta confiável em vista de tantos negócios bem-sucedidos que já montei na minha carreira. Decidi então passar um tempo pensando quais seriam as características dos inúmeros empreendimentos de sucesso da Virgin e, principalmente, que coisas deram errado porque simplesmente não fomos capazes de interpretá-las do jeito certo. Depois de refletir sobre tudo o que se passou nesses 40 anos, cheguei a cinco "segredos".

1) Faça o que lhe dê prazer

Abrir uma empresa exige muito trabalho, requer muito do seu tempo, por isso é importante gostar do que se faz. Quando comecei a Virgin no apartamento que tinha no subsolo de um prédio na zona oeste de Londres, não pensava em construir um império. Minha ideia era criar algo que me desse prazer e pagasse minhas contas. Não havia nenhum grande plano ou estratégia. O nome da empresa, por exemplo, me veio enquanto eu pensava em outras coisas. Uma noite em que bebia e conversava com uns amigos, decidimos chamar nosso grupo de Virgin, porque éramos todos novos no negócio. O nome pegou e tinha um certo apelo. Para mim, montar uma empresa significa fazer algo de que eu possa me orgulhar, é reunir gente de talento e criar uma coisa que vai fazer diferença na vida das outras pessoas. Um homem ou uma mulher de negócios não é muito diferente de um artista. No início, a empresa não passa de uma tela em branco. Você tem de preenchê-la. Assim como o artista quer que tudo fique no seu devido lugar na tela, nos negócios todos os pequenos detalhes têm seu lugar certo para que o empreendimento seja bem-sucedido. Contudo, diferentemente de uma obra de arte, uma empresa é sempre uma obra inacabada. Ela evolui constantemente. A pessoa que abre uma empresa disposta realmente a fazer diferença na vida dos outros, e consegue, paga suas contas e tem nas mãos um negócio de sucesso que deverá tocar dali para a frente.

2) Crie uma coisa que se diferencie

Não importa se o que você tem é um produto, um serviço ou uma marca. Não é fácil, atualmente, abrir uma empresa, sobreviver e prosperar. Na verdade, é preciso fazer alguma coisa sem dúvida muito diferente para deixar uma marca no mundo de hoje. É só prestar atenção e ver quais foram as empresas de maior sucesso nos últimos 20 anos. A Microsoft, Google ou a Apple, por exemplo, abalaram todo um segmento com coisas que jamais haviam sido feitas, e elas continuam inovando. Hoje estão entre as grandes forças dominantes.

3) Crie algo que encha de orgulho todos os que trabalham para você

Empresas, de modo geral, são formadas por grupos de pessoas. Elas são o que você tem de mais importante.


4) Seja um bom líder

Como líder, você precisa ser um bom ouvinte. É claro que deve saber o que quer, mas não faz sentido impor seu ponto de vista sobre os outros sem antes discuti-los um pouco. Ninguém tem o monopólio das melhores ideias ou dos conselhos mais geniais.
Saia da toca, ouça o que as pessoas têm a dizer, reúna seu pessoal, aprenda com eles. Como líder, você precisa também aprender, e muito bem, a elogiar as pessoas. Nunca critique ninguém abertamente; jamais perca a paciência, e sempre elogie prodigamente um colega que tenha feito um belo trabalho.
As pessoas desabrocham quando são elogiadas. Em geral, ninguém precisa dizer a elas quando cometem algum erro, porque elas quase sempre sabem que erraram. Se alguém não estiver trabalhando bem, não o demita sem mais nem menos. Acredite, uma empresa pode funcionar como uma família. Portanto, veja se há outra função dentro da companhia mais de acordo com o perfil daquela pessoa. Na maior parte das vezes, há sempre uma função adequada para cada tipo de personalidade.

5) Mantenha a visibilidade

Um bom líder não fica enfiado atrás da mesa. Eu nunca fui de trabalhar em escritório. Sempre trabalhei em casa, mas saio por aí e faço contato com as pessoas. Parece que estou viajando o tempo todo, mas tenho sempre um caderno no bolso de trás da calça para anotar perguntas, preocupações ou boas idéias.
Quando estou a bordo de um avião da Virgin Atlantic, faço questão de conhecer toda a equipe e o maior número possível de passageiros. Basta você conversar com a tripulação de qualquer aeronave da Virgin Atlantic para ouvir no mínimo dez sugestões ou ideias. Se eu não anotá-las, talvez me lembre de uma apenas no dia seguinte. Ao anotá-las, lembro-me de todas as dez. Levante-se, cumprimente todos os passageiros do avião, porque fatalmente vai aparecer alguém que teve um problema ou que tem uma sugestão. Anote-a, não se esqueça de anotar o nome da pessoa, peça o e-mail dela e dê-lhe uma satisfação já no dia seguinte.
É claro que procuro sempre contratar diretores gerentes que tenham essa mesma filosofia. Desse modo, podemos administrar um grande grupo de empresas do mesmo jeito que o dono de um pequeno negócio administra uma empresa familiar, isto é, com responsabilidade e amizade.
Quando a gente começa um negócio do zero, a palavra chave durante muitos anos é "sobrevivência". É difícil sobreviver. No começo, você não tem tempo e nem energia para se preocupar em salvar o mundo. Você simplesmente luta para garantir que não vai desapontar o gerente do seu banco e para pagar as contas. Em outras palavras, você tem de se concentrar exclusivamente na sua sobrevivência.
É lógico que, se você não sobreviver, lembre-se de que a maior parte das empresas acaba fechando as portas, e as melhores lições a gente aprende com o fracasso. Não se deixe abalar demais. Levante-se e tente de novo

Tenham uma ótima semana e até a próxima!

Ana Stuchi

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Reflexão sobre o Projeto do Novo Código Florestal


Esta semana no Business Connection, temos a participação do advogado Ambientalista e Tributarista Marcio Alexandre Donadon, que traz a pauta sobre o Projeto do Novo Código Florestal.
Tenham uma ótima leitura e uma excelente semana,

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A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o novo Código Florestal que, agora, passará para análise do plenário da Câmara.
A aprovação do projeto gerou um embate entre classe. De um lado os ruralistas e de outro os ambientalistas. Entretanto, penso que ambas as posições são afoitas, precipitadas e distantes dos anseios sociais e ambientais.
Enquanto a bancada ruralista tenta de todas as formas solucionar seus problemas, dentre eles, aqueles que restringem o uso da propriedade, por exemplo, a reserva legal a qualquer custo, os ambientalistas, deixando de lado a história de nosso país, a inércia de nossos antepassados, e porque não dizer, a nossa, além de um radicalismo desenfreado, busca de todas as maneiras impedir qualquer avanço que coloque uma pá de cal nas diversas questões que envolvem o meio ambiente.
Neste primeiro momento não quero polemizar nenhuma das questões que envolvem o projeto do Código Florestal, seja quanto a regularização das áreas de ocupadas, seja na questão da reserva legal ou, ainda, na moratória das multas, dentre outros. O que quero, neste momento, é fazer uma reflexão histórica.
Cecília Meireles, no poema “Ou isto Ou Aquilo” retrata, muito bem, a constante dicotomia que recai sobre a sociedade. Segundo o poema: “Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão. Quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheiro e não compro doce, ou compro doce e não guardo dinheiro. Ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui estender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo”.
Assim como no poema nossa legislação ambiental ao longo da história ora permitiu ocupar as margens dos rios, ora não. Ora a metragem a ser respeitada foi de 100 metros, como atual, ora fora de 5 metros, como é a redação original do Código Florestal. Não sabe se permite o plantio de culturas às margens do Rio. Não sabe se proíbe. Não sabe o legislador se altera o código, diante das situações econômicas. Não sabe se mantêm intocável. Não sabe se permiti a exploração da propriedade, incentivando a agricultura, ou se preserva 20% dela.
Só para ter uma idéia quando da chegada dos portugueses ao Brasil, o país possuía 5,2 milhões de quilômetros quadrados de floresta nativa. Passou-se, então, a explorar as reservas vegetais existentes na época, no caso, o pau-brasil. O Estado, representado pela Coroa, iniciava os primeiros passos da exploração do patrimônio florestal brasileiro. Cabe ressaltar, sob a proteção da Lei.
Por sua vez, Portugal passou a explorar não só o pau-brasil, mas também, outras espécies florestais. A madeira nacional era destinada a países como Bélgica, Inglaterra, Alemanha e Itália. No entanto, o monopólio não ficou restrito a Coroa portuguesa, visto que, com a ajuda dos índios, países como Espanha, Alemanha, Inglaterra e Holanda retiraram, de forma indiscriminada, milhares de espécies florestais do país.
Em todo esse período a exploração ocorreu sobre a proteção da lei, cuja finalidade foi sempre à econômica, visto que a época argumentava-se que o desmatamento era necessário para o progresso do País. A Princesa Izabel, na época do café, 1872, permitiu o funcionamento da primeira companhia privada especializada no corte de madeira. Essa exploração dispensava qualquer licença prévia para o corte em propriedade particular. Por conseguinte, o corte era permitido cem por cento na área privada.
Vê-se, portanto, que a passagem histórica de nosso país, no tocante a exploração ambiental, não foi das mais sustentáveis, ao contrário, o Estado permitiu a sua exploração de forma desordenada, aliás, incentivou.
O Brasil, portanto, tem história na questão ambiental e, para compatibilizarmos os anseios futuros com as situações passadas, penso que é necessário, sim, fazer uma reflexão histórica para que a sociedade atual não seja penalizada por atos passados como, por exemplo, recompor área que não desmatou, mas, também, não prejudique o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado das futuras gerações.
As bancadas ruralistas e ambientalistas não podem se deixar levar por anseios individuais, visando, sempre, as eleições, mas, sim, buscar, efetivamente, solucionar as questões que foram consolidadas sobre a proteção do Estado, compatibilizando e controlando-as, sempre almejando atender os anseios das futuras gerações.

Marcio Alexandre Donadon,
Advogado - Coordenador de Consultoria Jurídica Empresarial, Gestão Ambiental e Planejamento Tributário. KND – Consultoria e Treinamento.
madonadon@netsite.com.br

Abraços e até a próxima

Ana Stuchi